giovedì 13 marzo 2008

Primo Racconto del Workshop

Universita´ di Campinas, vicino San Paolo.
Una gigantesca citta´ universitaria, sullo stile americano dei Campus, che da sola genera, per numero e densita´ di strutture, la vita di una cittadina intera, brulicante di attivita´ artistiche e di ricerca. Cammino verso l´edificio di ARTI SCENICHE, la migliore scuola brasiliana di Teatro (una sorta di nostra Accademia) e resto affascinato dalla quantita´ di differenze che sottolineano la distanza dall´Itália. Sento la nostra arretratezza, nonostante millenni di storia che sul groppone che ci fanno da guida e da mentore, nonostante la meravigliosa cultura teatrale, eppure... in un giardino un cerchio di capoeristi, all´ombra di un edifício che contiene un´intera Bioblioteca di testi anarchici! Da un´aula vengono i suoni di Chico Buarque, eseguiti da chitarre e voci degli studenti, mentre per i corridoi dell´Istituto girano acrobati, danzatori, um mimo francese, maschere Kabuki... Le aule hanno griglie di monocicli, tappettoni e pedane per danza e acrobática, un teatro di posa con anelli e trapézio, ovunque maschere e pupazzi e, come se non bastasse a infierire sul mio ricordo delle accedemie italiane cosi´ poco moderne, nel cortile un armadietto di trampoli e il filo d´acciaio per funamboli. Mi sento a casa, in un luogo ove percepisco il tentativo di abbracciare il Teatro in ogni sua forma, coinvolgendo gli studenti nelle moltissime radici dell´Arte Scenica, investendoli, confondendoli e portandoli a scegliere la loro via. Mentre nel Teatro di posa vedo i salti della danza clássica, sotto l´insegna di questa poética eclettica, la Direttrice dell´Istituto (una simpática e goffa mascheraia, teatrante di esperienza e non di studi) mi conduce nel suo labortatorio, mi apre scatole di maschere in Cuoio, Legno e Carta, e i negativi, i gessi, gli studi... parliamo della Patafisica, di Artaud (appeso nell´Ufficio Burocrático dell´Universita´in un magnífico ritratto fotográfico) e di Ygramul.
Sembra molto felice, quasi onorata, di avere un Teatrante italiano, di sentirmi preparato e capace di insegnare ai suoi studenti e mi chiede curiosa dell´Esoteatro e di cosa c´entri con la Commedia dell´Arte.
Poi arrivano 26 studenti (misti tra II, III, IV anno e gia´ laureati che fanno il Máster), la Direttrice con il marito attore, Nadia (la mia assistente, laureata qui) e 1 maestra di Danza. Narro in breve delle nostre precedenti scorribande in Brasile, degli spettacoli in Mato Grosso e in Amazzonia, e mi torna allá mente il gruppo di Clown che formammo dentro il Teatro di Dourados, portandoli poi a fare spettacoli e animazione in riserve Guarani´ Kaiowa´ e nell´ospedale dei bambini denutriti.
Poi mi getto nel lavoro. Giochi, tanto sudore, risa...
Tutti sembrano affascinati e curiosi della mia interpretazione degli Zanni, della Commedia dell´Arte, del método Patafisico!
La direttrice gia´ assapora l´iptesi di farmi tornare, ed io accenno all´idea di creare un Progetto piu´ complesso per tornare a dare lezioni ma accompagnato dal mio Gruppo. E´ possibile, gia´ abbiamo due importanti firme dalla nostra parte (la Direttrice dell´Istituto d´Arte Scenica e il Capo della Ricerca Universitária) che, convinti del lavoro e soddisfatti, spingerebbero per farci volare ancora qui. Domande, ringraziamenti, voglia di approfondire il lavoro, qualcuno che gia´ accenna "ma se trovassi uma borsa di studio per venire da voi in Itália?" .... sono molto contento, e credo che sia un´ottima base per tornare con lo sciame di Ygramulli al completo. Intanto porto avanti il Workshop, mi preparo alle lezioni con un´acrobata trapezista del Circo Orfei e con un Funambolo cileno.
Il Brasile e´ realmente molto avanti nella concezione dell´atto teatrale, pronto e disponibile al compromesso (come questi attori, preparati ed energici) e allá ricerca, allá messa in discussione e alla riscrittura continue. Mi faccio trascinare da questo gorgo di stimoli nuovi e diversi, felice... ripasso il mio oscillante e giocoso portoghese, oggi Seconda Lezione!

MATERIALE del WORKSHOP per gli Studenti :
Laboratório corporal sobre a tradição da "Commedia dell'Arte" italiana, desde
sua origem na "Giullaria Medieval" a seu desenvolvimento e desdobramentos
modernos.
Nosso percurso trabalhará, em pequenas etapas, o corpo, a voz e o gesto de algumas das Máscaras originárias da Commedia dell'Arte: o Zanni, Pulcinella, o Capitão, Balanzone e Pantalone. São personagens que atravessaram diversas épocas do Teatro Ocidental, modificando-se em função das exigências históricas. Construiremos a arquitetura de base destes personagens, para em seguida examinar seus desenvolvimentos nos "Giullari" e nos Artistas de Rua da Idade Média, na dramaturgia burguês de Goldoni, nos exercícios de biomecânica do teatro russo de Meyerhold, nas formas do teatro político Brechtiano, nos clowns e no Teatro do Absurdo de Beckett, até chegar ao sincretismo dos gestos e dos signos do teatro antropológico, do Living Theatre a Eugenio Barba.

O laboratório é voltado para a formação do corpo/voz do ator/atriz, prevendo então um percurso predominantemente físico, acompanhado por breves explicações teóricas e por algumas simples fichas ilustrativas. Serão aprendidos exercícios práticos oriundos de:

- metodologias antigas da Commedia dell'Arte
- percursos sobre sonoridade de Demetrio Stratos para ressonadores vocais das Máscaras (para encontrar a voz dos Zanni e de Balanzone)
- seqüências rítmicas de combate do "stock kamph" (para entender a métrica dos movimentos de Pulcinella)
- exercícios de estranhamento/ distanciamento de Bertold Brecht (para buscar a energia do Cavaliere)
- alguns "Etudes" de Meyerhold (para as posturas físicas gerais das Máscaras)
- exercícios do "Esoteatro" (método que Vania Castelfranchi está construindo com Ygramul), para personalizar e tornar fluido o material, e para efetuar o passo justo de "traição" da tradição para tomar posse dela e torna-la contemporânea e viva
- passos de dança balinesa, para fazer aquele passo de "mistura" que está na raiz do Teatro Antropológico e na origem migrante da Commedia dell'Arte.

Breve Curriculum Vitae

Vania Castelfranchi é formado em Direção na Academia de Arte Dramática "Silvio d´Amico" de Roma. Desde então (1996) fundou o Grupo de Pesquisa Ygramul de Teatro Patafísico e Antropologia. Participou de diversos seminários na Itália e Europa sobre as metodologias da Biomecânica (com Romei e Karpof), sobre a Mimésica (com Niccolini e Costa), sobre Clowneri' (com Wladimir), sobre Teatro Brechtiano e do Absurdo (com Polidoro), sobre o Teatro de Brook (com Dioume e Yamanouchi), sobre Teatro Pobre de Grotowski e a "Crueldade" de Artaud (com Mantovani), sobre Commedia dell'Arte (com Contin e Monetta) etc.

Sua experiência como ator e diretor se concentra, no entanto, no percurso de Teatro Antropológico, por meio de viagens e pesquisas de 'escambo cultural' no Brasil, com os índiod Guarani-Kaiowá (no Mato Grosso do Sul), os Sateré-Maué (na Amazônia), com os povos africanos Chewa e Yaho (no Malawi) e na Indonésia, na ilha de Bali.
Na Itália, seus percursos de pesquisa e integração são desenvolvidos a partir da escritura de um método de 'Esoteatro', e contínuos laboratórios e seminários de seu grupo teatral no interior do Teatro Ygramul, em Roma (inaugurado pela companhia em 2006). Organiza laboratório em escolas de ensino fundamental, em Centros de Saúde Mental, nas ruas das periferias romanas e na Prisão Romana "Rebibbia".
Para informações:
www.ygramul.net
info@ygramul.net
Uma pesquisa guiada por Vania Castelfranchi (Diretor)
Com os Atores e as Atrizes : Monica Crotti, Massimo Cusato,
Simone di Pascasio, Paolo Parente, Antonio Sinisi, Aida Talliente
Os Músicos : Giacomo Caruso, Daniele Pittacci
O Videooperador/Diretor : Fabrizio Ferraro
A Cenógrafa : Fiammetta Mandich, Isabella Faggiano
A Escritora : Gloria Imparato
- PESQUISA
A pesquisa do Grupo Ygramul nasce da necessidade de resgatar o gesto teatral em sua origem antropológica, suscitando aquele acontecimento místico que levava a comunidade inteira a uma "revolução". O gesto espetacular, entendido nesta ótica, comporta a anulação de todo virtuosismo ou complacência estilística, na tentativa de trazer à luz quatro diferentes dinâmicas de comunicação:
> Ritmo social e linguagem;
>Integração e estranhamento;
> Jogo e participação;
> Catarse e produção de sentido;
Seguindo estes quatro diferentes estímulos de construção do gesto teatral, se desenvolve a exigência de uma pesquisa que, embora com metodologias Patafísicas, elabore continuamente uma gramática dos Ygramuls, profunda, única e prática/funcional.
- PROJETOS
> Projetos de Encontro:
Lugares e percursos de encontro com mundos da diversidade, com os quais gerar espetáculos ou experiências comuns, numa lógica de diálogo onde o Grupo assume a função de guia (laboratórios em escolas com inclusão para dificuldades física ou mental, laboratórios em centros de detenção, em centros de saúde mental etc.).
> Projetos de Escambo:
Momentos de troca profunda com realidades diferentes, com a intenção de criar um "escambo" dos pontos de vista, uma troca que vai além do simples diálogo ou da construção de uma linguagem comum; no escambo, o confronto é horizontal, se doam e recebem os instrumentos da criação sem nenhum "guia", com uma disponibilidade para a crise e o erro (escambo com moradores de rua, com os pacientes de Aids, com os internados em hospitais, com os povos indígenas etc.)
> Projetos de Plantio:
Se trata de raras possibilidades em que a Pesquisa, tanto por meio do escambo, quanto através do encontro, consegue doar à realidade do trabalho projetividade e propósito próprios: nesses casos, se forma uma célula separada, com um percurso autônomo, que segue numa nova direção a Pesquisa e se bifurca, permanecendo em contato mas com uma ampla autonomia e uma pequena dependência econômica, em mútuo apóio e financiamento (Projeto das terras Guarani-Kaiowa no Mato Grosso do Sul, projeto das populações Chewa e Yaho no Malawi)
Estas três formas de projetos praticadas pelo Grupo Ygramul entre 1996 e hoje desenvolveram algumas potencialidades e concretizaram forças. Hoje existe uma célula sólida (de cerca de 10 elementos) que se divide as responsabilidades do percurso; cerca de 50 colaboradores que participam de laboratórios, oficinas, cursos e que ajudam o desenvolvimento da pesquisa. E surgiu um espaço único onde condensar os esforços e os resultados da pesquisa: o Teatro Ygramul, em Roma.
Política cultural
O teatro Ygramul nasce na periferia, para valorizar a cultura dos mais invisíveis territórios romanos, menosprezada pelas grandes lógicas "do centro". É um espaço aberto às propostas dos moradores dos bairros S. Cleto e S. Basílio, para ser explorado
em suas potencialidades com base nas reais necessidades do território, e não por uma direção artística externa. O Teatro Ygramul pretende gerar cruzamentos e agregações entre realidades longínquas, hospedando artistas da periferia bem como nomes importantes do teatro, estéticas "baixas" e produções "altas", artes, idades, habilidades, culturas, linguagens e religiões diferentes. O teatro foi adquirido pelo Grupo, com o objetivo de doar para si e ao bairro um sentido real de permanência e de investimento, com um contínuo acontecer de eventos, enquanto, ao mesmo tempo, a construção dos espaços acontece devagar, mas inexoravelmente. Damos ao público a solidez do gesto teatral como evento de artesanato e como lugar de canteiro de obras onde tomar parte e assistir no sentido lúdico e agradável do termo: o gosto para o crescimento.
"Tutto ciò che è profondo ama la maschera"
Friedrich NIETZSCHE
La Comedia del Arte es uno de los más extraordinarios fenómenos teatrales que se han producido en la historia. Su incidencia cultural y popular se extendió en Europa durante dos siglos, e influyó en el teatro de todo el mundo hasta nuestros días.
"El elemento típicamente popular de las "maschere" italianas tampoco se ha extinguido en Italia. Los personajes siguen viviendo y ocupando un lugar en la sociedad, pero su vida es de juguete; su humanidad, de cartón-piedra o de madera; su sociedad, la de los niños o la del desenfadado carnaval. Los buratini o las marionette no son otra cosa que una Comedia del Arte en pequeño; allí están Pulcinella y Franceschina, el Capitano y Arlecchino, Pantalone y Brighella, los enamorados, el Dottore. Y detrás de ellos, gentes de buen humor que les prolongan la vida".
> La comedia del Arte es un género teatral Italiano.
> Uno de los caracteres mas importantes es la existencia de la mascara.
> Era un teatro improvisado.
> Otro punto es el hecho de haber sido un teatro que se hacia al aire libre.
> Era un teatro popular (ligado a las tradiciones populares).
Tomar todos estos elementos, pensar que es exactamente al contrario y tendréis una idea vaga de lo que puede ser la Comedia del Arte.
> No era un teatro popular.
> Era un teatro que se desarrollaba sobre todo en salas cerradas.(su mayor novedad era precisamente esta).
> La improvisación no existía
> Las máscaras no son el carácter mas importante. .
> No es un género teatral italiano.
Sobre esto último haré una salvedad, como género de teatro los actores sobre los que se construía el tipo de teatro eran Italianos, pero el tipo de teatro fue construido en Francia... (Se puede decir que la Comedia del Arte es una invención Francesa).

Entonces tenemos una imagen de la Comedia del Arte, le damos la vuelta y podremos al menos comprender que cosa no era...."
Ferdinando Taviani

- Bibliografia para comprender -
"Commedia dell´Arte"
General:
> Mario Apollonio - Storia della Commedia dell'arte Roma, Augustea, 1930
> Ambrogio Artoni - Il teatro degli Zanni. Rapsodie dell'Arte e dintorni.
Genova, Costa&Nolan, 2000
> Gustave Attinger - L'esprit de la Commedia dell'arte dans le théatre français. Paris, Librairie Théatrale, 1950.
> Renzo Guardenti - Gli italiani a Parigi : la Comédie Italienne (1660-1697) : storia, pratica scenica, iconografia, Roma, Bulzoni, 1990. - 2 v
> Margaret A. Katritzky - Lodewyk Toeput some pictures related to the commedia dell'arte, in Renaissance studies, I, 1, marzo 1987, pp. 71-96, ill. 1-29 f.t., pp. 97-125.
> Konstantin Miklasevskij, La commedia dell'Arte o il teatro dei commedianti italiani nei secoli XVI, XVII e XVIII, con un saggio di Carla Solivetti, Padova, Marsilio, 1981
> Cesare Molinari - La commedia dell'Arte, Milano, Mondadori, 1985
> Ferdinando Taviani - La commedia dell'arte e la società barocca : la fascinazione del teatro , Roma, Bulzoni, ristampa 1991
> Roberto Tessari - La Maschera e l'Ombra, Milano, Mursia, 1984

- http://en.wikipedia.org/wiki/Commedia_dell'arte
- http://www.drammaturgia.it/saggi/saggio.php
- http://www.teatrodinessuno.it/maschere.htm

Zanni :
> Deleuze, G., Guattari - Rizoma. Millepiani, Roma, Castelvecchi, 1997
> Vsevolod Emil'evic Mejerchol'd - L´Attore Biomeccanico, Roma, Ubulibri 1980
Pintura de Francis Bacon (1909-1992)
Arquitetura de Giovanni Battista Piranesi (1720 - 1778)
Filosofia/Politica de Michel Foucault (1926 - 1984)
Musica de John Milton Cage (1912 - 1992)
Pantalone ~ Balanzone ~ Capitano :
> Vladimir Jakovlevic Propp – Morfologia della Fiaba, Roma, Einaudi, 1978
> Gianni Rodari - Gramatica da Fantasia, Sao Paulo, Summus, 2000
Pintura de Giorgio de Chirico (1888 - 1978)
Arquitetura de Gian Lorenzo Bernini ( 1598 - 1680)
Filosofia/Politica de Machiavelli (1926 - 1984)
Musica de Wilhelm Richard Wagner (1813- 1883)
Arlecchino ~ Pulcinella :
> Pinkola Estés Clarissa – Donne che corrono coi Lupi, Milano, Frassinelli, 1998
> Antonin Artaud - Eliogabalo o l'anarchico incoronato, Milano, Adelphi, 1969
Pintura de Joan Miró i Ferrà (1893- 1983)
Arquitetura de Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho (1907.....)
Filosofia/Política Max Stirner (1806-1856)
e Emma Goldman ( 1869- 1940)
Musica de Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart (1756- 1791)

In General Patafisica :
> Alfred Jarry – La Candela Verde – Ubu Re, Roma, Adelphi, 1978
> Eugenio Barba - Un Dizionario di Antropologia Teatrale (Centre for Performance Research/ Routledge), Ubulibri.
> Antonin Artaud - "CsO:il corpo senz'organi" Mimesis, Milano 2003
Pintura de Max Ernst (1891-1976) Arquitetura de Antoni Gaudí (1852-1926) Filosofia/Política André Breton (1898- 1966)
Musica de Tom Alan Waits ( 1949....)
e Vinicio Capossela (1970....)
http://alfredjarry2007.fr

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